quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Crítica: Percy Jackson e o Ladrão de Raios


Candidato a novo Harry Potter atualiza até as crises de pais e filhos da mitologia grega

Conscientemente, Percy Jackson e o Ladrão de Raios adaptado para os dias de hoje a ordem antiga, então temos uma série de atualizações espertinhas ou previsíveis: o sátiro com pernas de bode se torna o personagem-negro-para-fins-de-alívio-cômico, a entrada para o Hades é em Hollywood, a tribo dos lotófagos fica em Las Vegas, o deus do inferno é um roqueiro inglês, os pés alados de Hermes viram um All-Star, Percy usa o lado espelhado de um iPod para enxergar a Medusa etc.


Você sabia que, na mitologia, Poseidon gerou Teseu em Etra com sêmen misturado ao do Rei Egeu? Em Percy Jackson, a rotina do Olimpo nunca foi tão aborrecida; Poseidon tem o cabelo penteadinho para o lado e não parece ser adepto de nenhum ménage-a-trois. A autoridade dos deuses sempre foi questionada na mitologia porque os semideuses queriam, numa luta por independência, efetivamente destruir o Olimpo. Em Percy Jackson, refletindo a juventude de hoje, os semideuses já são independentes. Querem, somente, ser reconhecidos como filhos (algo muito presente nos livros seguintes).


Qual a graça, então, de um semideus cuja intenção última não seja superar o pai? O filme tem vários defeitos circunstanciais - Perséfone entra num remendo malfeito com a saída de Ares, em relação ao livro, por exemplo - mas a fraqueza principal está na dramaticidade frouxa dessa relação deuses/mortais. Não há cena mais constrangedora em Percy Jackson do que o momento, no Olimpo, em que um dos deuses - aparecendo pela primeira vez no filme - fica sabendo que seu filho "fez arte". A cara de coitado do deus, pai ausente... Em outros tempos alguém teria sido acorrentado a uma rocha pela eternidade, para aprender uma lição.
www.omelete.com.br/cinema/critica-percy-jackson-e-o-ladrao-de-raios
Como não dá pra viver sem críticas, aqui vão algumas sobre o filme Percy Jackson e o ladrão de raios, claro que quem é fã mesmo não vai deixar de adorar o filme e os livros só por causa dessas críticas, afinal quem somos nós sem críticas que ajudam a construir nossa personalidade e ,apesar de não gostarmos de ouvir, temos que nos acostumar.
By:DudaGalvão

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